O crime aconteceu em 2018. Ana Lívia Lopes da Silva tinha 3 anos. Segundo a promotora Luz Maria Romanelli de Castro, o casal é acusado de homicídio quadruplamente qualificado.
O casal suspeito da morte da
menina Ana Lívia Lopes da Silva vai a júri popular nesta quinta-feira (4) em
Poços de Caldas (MG). A menina de 3 anos morreu após ser agredida por ter feito
xixi na cama.
O júri teve início no período da
manhã e não tem previsão para término. Ele está sendo realizado no centro de
eventos do Cenacon, por causa da pandemia.
Segundo a promotora Luz Maria
Romanelli de Castro, o casal é acusado de homicídio quadruplamente qualificado,
são elas: tortura e meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima,
feminicídio e motivo fútil.
"O réu está sendo acusado
pela ação, ele que efetivamente agrediu a criança. A mãe por omissão, porque
ela tem o dever legar de cuidar e poderia ter socorrido a criança ou tentado
impedir a agressão, que causou a morte. Eles não prestaram nenhum socorro para
a criança", afirmou a promotora.
Os réus estão sendo representados pela Defensoria Pública e por advogados contratados. O defensor público responde em nome do padrasto e um grupo de advogados é responsável pela defesa da mãe da criança.
"A Defensoria Pública tem o
papel de garantidora de direitos. Em momento algum ela vem exercer uma defesa
da impunidade. A defesa vai ser feita com base naquilo que constam nos autos e
vamos buscar os direitos que todos os cidadãos tem, um julgamento justo",
explicou o defensor, Adhemar Della Torre Netto.
"É um crime de grande
comoção, um crime bárbaro, mas os advogados estão aqui para defender o direito.
Em nenhum momento a gente está aqui compactuando, concordando ou vindo buscar
inocência e pregando a impunidade", afirmou a advogada da ré, Karla
Felisberto dos Reis.
O caso
A morte aconteceu no dia 15 de
junho de 2018, na Santa Casa de Poços de Caldas. O padrasto da menina tem 27
anos e teria confessado as agressões. Segundo a polícia, a mãe, de 19 anos,
também foi levada à delegacia acusada de omissão.
Ainda conforme a Polícia Militar,
as agressões começaram no dia 14, quando a menina teria urinado na roupa e na
cama. A criança foi colocada de castigo e novamente agredida quando saiu do
local. Ela teve sangramento no nariz.
Durante a noite, a menina teria
sido vítima de agressão mais uma vez. Ao longo do dia, a criança apresentou
sinais de convulsão e só então foi levada ao Hospital Margarita Moralles pela
tia e avó, que são vizinhas do casal.
A menina estava desacordada, com
dificuldade para respirar, inchaço e sinais de agressão pelo corpo. Em seguida,
por conta da gravidade dos ferimentos, foi transferida para a Santa Casa da
cidade, onde faleceu.
O padrasto foi preso em casa. O
casal preso foi transferido para o presídio de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas
Gerais, no dia 20 de julho de 2018.
A creche onde Ana Lívia estudava
já havia denunciado os pais da criança ao Conselho Tutelar por maus-tratos no
dia 22 de maio de 2018.
Fonte: G1/MG
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